Quando Alcaraz, espanhola e número dois do ranking, deu o troco a Novak Djokovic por 6‑4, 7‑6(4) e 6‑2, o público do Arthur Ashe Stadium vibrou como nunca antes. O duelo, disputado na tarde de 5 de setembro de 2025, garantiu ao jovem de 22 anos lugar na final do US Open, a sua sétima final de Grand Slam e a chance de conquistar o sexto título maior da carreira.
Contexto: a revanche que o mundo esperava
A vitória foi, antes de tudo, uma revanche. Em janeiro, no Australian Open 2025, o sérvio de 38 anos venceu o espanhol nas quartas de final, e em julho de 2024, durante a final de ouro dos Jogos Olímpicos de Paris, Djokovic novamente saiu vencedor. Alcaraz tinha deixado bem claro nas entrevistas pré‑torneio que buscava “pagar a dívida”.
Além da motivação pessoal, havia um ponto técnico: o jovem espanhol mantém um recorde impecável de 53‑0 quando ganha os dois primeiros sets em Grand Slams. Essa estatística, quase mítica, foi mais uma vez confirmada nesta partida, que durou duas horas e vinte‑e‑cinco minutos, mas que, de forma surpreendente, não pareceu cansativa para nenhum dos dois atletas.
Desenvolvimento da partida: números que contam a história
Os números falam alto. Alcaraz fechou com 31 vencedores contra 30 erros não forçados, enquanto Djokovic registrou 15 vencedores e 30 erros. O sérvio ainda acertou apenas 66 % dos primeiros serviços – um índice bem abaixo do seu padrão nos momentos decisivos.
Na entrevista à imprensa logo após o fim, o vencedor comentou: "É uma sensação incrível estar de novo na final do US Open. Não foi o melhor nível que pude ter, mas mantive um bom nível do início ao fim. O serviço foi fundamental, realmente muito importante". A humildade no tom contrasta com a confiança numérica que os stats revelam.
Repercussão entre os envolvidos
Enquanto Alcaraz celebrava, Djokovic mostrou um lado mais resignado. "Será muito difícil superar o obstáculo que são Sinner e Alcaraz nos Grand Slams", admitiu o sérvio, reconhecendo que a era dos "Big Three" está chegando ao fim.
Do outro lado da quadra, Jannik Sinner, número um do mundo e campeão de Wimbledon, já aguardava o adversário na final. Sinner garantiu seu lugar ao derrotar Jack Draper em quatro sets, completando um ano histórico: chegou a todas as quatro finais de Grand Slam em 2025.

O que isso significa para o tênis masculino
Este US Open marca a primeira temporada completa desde 2002 sem nenhum membro da lendária "Big Three" – Djokovic, Roger Federer ou Rafael Nadal – nas fases finais de um Grand Slam. É, talvez, o ponto final de uma era que durou quase duas décadas.
Ao contrário, a dupla "Big Two" formada por Alcaraz e Sinner já acumula oito títulos de Grand Slam, quatro para cada. Eles dividiram o cinturão entre 2024 e 2025, comprovando que a hegemonia mudou de lados.
Próximos passos: a final que promete
O duelo final está marcado para domingo, 7 de setembro de 2025, no mesmo estádio. Se Alcaraz conseguir o título, terá a oportunidade de retomar a liderança no PIF ATP Rankings, que atualmente mostra o italiano no topo.
Para os fãs, a expectativa é de um espetáculo técnico e físico. Ambos podem jogar cinco sets, e a condição física será decisiva – especialmente para o veterano Djokovic, que já revelou sinais de cansaço nas semifinais.
Histórico rápido da rivalidade
- 2023: Sinner vence Alcaraz no Masters de Paris.
- 2024: Alcaraz derrota Sinner na final de Roland Garros.
- Julho 2025: Sinner conquista Wimbledon.
- Setembro 2025: Alcaraz supera Djokovic e avança à final do US Open.

Frequently Asked Questions
Como a vitória de Alcaraz afeta a luta pela primeira posição no ranking da ATP?
Com a vitória sobre Djokovic, Alcaraz soma 2000 pontos de classificação, o que o coloca a apenas 150 pontos de Jannik Sinner, atualmente no topo do PIF ATP Rankings. Se vencer a final, o espanhol ultrapassará Sinner e retomar a liderança.
Por que este US Open é considerado um marco para a nova geração?
É a primeira edição em que nenhum dos membros da "Big Three" chegou a uma final. A presença de Alcaraz e Sinner nas duas vagas representa a passagem de bastão para a chamada "Big Two", que já domina os últimos oito Grand Slams.
Qual foi o desempenho de Djokovic nesta partida comparado ao seu nível habitual?
Djokovic teve apenas 66 % de acertos no primeiro serviço e cometeu o dobro de erros não forçados que Alcaraz. Esses números ficam bem abaixo da média dele em Grand Slams, onde costuma fechar com >80 % de primeiro serviço.
O que a final entre Alcaraz e Sinner pode mudar no cenário do tênis mundial?
Um duelo entre os dois jovens determinará quem será reconhecido como a nova referência de excelência. O vencedor consolidará sua posição como número um mundial e reforçará a narrativa de uma era dominada por jogadores nascidos após 2000.
Como os fãs reagiram ao fim da era dos "Big Three"?
Nas redes sociais, muitos celebraram a renovação, enquanto alguns nostálgicos lamentaram a despedida dos ícones. Em geral, a mensagem dominante foi de entusiasmo pelo futuro e pela competitividade que Alcaraz e Sinner trazem ao circuito.
Todos os comentários
Tais Tais setembro 30, 2025
É impressionante ver como a vitória de Alcaraz ecoa não só nos rankings, mas também na cultura popular brasileira, onde o tênis tem ganhado cada vez mais espaço nas conversas de bar e nas redes sociais. A combinação de talento jovem com disciplina rigorosa cria um modelo inspirador para a próxima geração de atletas nacionais.
jasiel eduardo setembro 30, 2025
Alcaraz jogou bem e mereceu a vitória; ele realmente mostrou consistência e energia em quadra.
Thaty Dantas outubro 1, 2025
Djokovic ainda tem aquele toque de experiência que intimida qualquer rival.
Leonardo Teixeira outubro 1, 2025
Essa derrota deixa claro que a era do ‘Big Three’ está realmente se despedindo 😏. Alcaraz não apenas venceu, mas expôs as fraquezas de um veterano que já não tem o mesmo fogo de antes.