IBGE abre concurso temporário com 9.580 vagas de nível médio

IBGE abre concurso temporário com 9.580 vagas de nível médio

IBGE abre concurso temporário com 9.580 vagas de nível médio

Quando o IBGE recebeu autorização oficial em Publicação da Portaria nº 123/2025Brasil, a notícia correu rápido: 9.580 vagas de nível médio seriam abertas para apoiar as pesquisas estatísticas nacionais. A Fundação Getúlio Vargas foi escolhida como banca organizadora, apesar de ter apresentado a proposta mais cara, por cumprir exigência de experiência nacional em ao menos 200 municípios. O que isso significa para quem busca o primeiro emprego público? Vamos entender os detalhes.

Contexto e história recente dos concursos do IBGE

O Instituto já costuma lançar seleções temporárias para manter o fluxo de dados censitários e pesquisas econômicas. Em 2023, por exemplo, foram autorizados 8.141 contratos temporários; no ano seguinte, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) trouxe 895 oportunidades. Essa tradição vem do fato de que o censo decenal e as pesquisas trimestrais exigem equipes espalhadas por quase todo o território nacional.

Historicamente, as contratações temporárias ajudam a suprir picos de demanda, como a atualização da PNAD Contínua ou o levantamento de indicadores de emprego. A lei permite que esses contratos durem até três anos, mas a maioria começa com prazo de um ano, permitindo ajustes conforme a necessidade do instituto.

Detalhes da nova seleção temporária

As vagas se dividem em duas categorias:

  • 8.480 postos de Agente de Pesquisas e Mapeamento (APM), responsáveis por coletar informações de campo nas cidades, comunidades rurais e zonas costeiras.
  • 1.100 vagas de Supervisor de Coleta e Qualidade (SCQ), que revisam os dados, garantem a consistência e treinam os agentes.

O salário inicial chega a R$ 4.000, com benefícios de vale‑transporte e auxílio‑moradia, conforme tabela de remuneração do IBGE. Os contratos podem ser prorrogados até o limite máximo de três anos, caso haja necessidade de continuidade nas pesquisas.

Geograficamente, as oportunidades cobrem 530 municípios, o que garante presença em regiões Norte, Nordeste, Centro‑Oeste, Sudeste e Sul. Cada município receberá uma cota mínima de agentes, de acordo com sua população e relevância para a amostra estatística.

O processo seletivo será simplificado: prova objetiva com questões de raciocínio lógico, português e conhecimentos básicos de estatística. O edital deve ser publicado até fevereiro de 2026 – exatamente seis meses após a portaria de 12 de agosto de 2025, como determina a própria lei.

Reações e posicionamentos das partes envolvidas

Reações e posicionamentos das partes envolvidas

"A escolha da Fundação Getúlio Vargas reflete nosso empenho em garantir transparência e qualidade na condução do concurso", disse o porta‑voz do IBGE em comunicado oficial ao Diário Oficial da União. Ele acrescentou que a banca terá um prazo de 90 dias para entregar todas as fases do certame.

Já representantes sindicais do serviço público alertam para a necessidade de que os contratos não sejam apenas “paliativos”. "Precisamos de estabilidade real e de investimentos contínuos nas equipes de campo, senão os dados perderão qualidade", argumentou o presidente da Associação Nacional dos Servidores do IBGE, que preferiu não se identificar.

Do lado das empresas concorrentes, a Cotec questionou a decisão, alegando que a exigência de experiência em 200 municípios favoreceu excessivamente a FGV, que já possui amplo histórico de concursos nacionais.

Impactos para candidatos e para a política pública

Para quem está estudando para um concurso efetivo, essa seleção representa uma porta de entrada estratégica: contrato de até três anos, salário competitivo e experiência prática em coleta de dados. Além disso, muitos candidatos utilizam esses cargos temporários como trampolim para vagas efetivas, já que o IBGE costuma priorizar internos em processos futuros.

Do ponto de vista das políticas públicas, a ampliação da força‑trabalho temporária garante que as estatísticas socioeconômicas estejam atualizadas. Dados mais recentes ajudam o governo a calibrar programas de transferência de renda, a planejar investimentos em infraestrutura e a monitorar metas de desenvolvimento sustentável.

Especialistas em economia apontam que, ao reforçar a base de dados, o país pode melhorar sua classificação em indicadores como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Doing Business. "Informação de qualidade é a base de qualquer decisão de política pública", explicou a economista da FGV, Ana Lúcia Ribeiro.

Próximos passos e cronograma

Próximos passos e cronograma

Com a portaria publicada, o IBGE tem até 30 dias para assinar o contrato com a FGV. Após a assinatura, a banca terá 90 dias para organizar a logística de aplicação das provas, incluindo infraestrutura de salas de exame em todas as regiões.

O calendário previsto:

  1. 12/08/2025 – Publicação da portaria (já aconteceu).
  2. 16/09/2025 – Assinatura do contrato entre IBGE e FGV.
  3. 15/10/2025 – Início da fase de preparação de materiais.
  4. 15/01/2026 – Publicação do edital no site do IBGE.
  5. 15/02/2026 – Encerramento das inscrições.
  6. 01/04/2026 – Realização das provas.
  7. 30/04/2026 – Divulgação dos resultados e início das contratações.

Os interessados devem ficar atentos ao site oficial do IBGE e ao portal da FGV para não perder nenhuma data.

Perguntas Frequentes

Quantas vagas estão disponíveis para Agentes de Pesquisas?

Serão 8.480 vagas destinadas a Agentes de Pesquisas e Mapeamento (APM), distribuídas em 530 municípios de todo o Brasil.

Qual é o salário inicial e os benefícios oferecidos?

O salário pode chegar a R$ 4.000, além de vale‑transporte, auxílio‑moradia e assistência médica conforme o regime de contratação temporária do IBGE.

Quando o edital será publicado e até quando acontecerá a inscrição?

O edital deve ser publicado até 15 de janeiro de 2026, com o prazo final de inscrições em 15 de fevereiro de 2026.

Qual a duração dos contratos e há possibilidade de prorrogação?

Os contratos iniciam com um ano de vigência e podem ser prorrogados até um máximo de três anos, conforme a necessidade das pesquisas do IBGE.

Como a escolha da FGV como banca organizadora pode impactar a seleção?

A FGV traz vasta experiência em concursos de abrangência nacional, o que deve garantir um processo transparente, bem estruturado e com logística capaz de atender a todos os 530 municípios previstos.

Todos os comentários

Willian Yoshio
Willian Yoshio outubro 7, 2025

Essa é uma boa opurtunidade pra quem quer entrar no serviço público
O processo ainda tá nas primeiras fases, mas já dá pra sentir o clima de correnteza nas redes

Verônica Barbosa
Verônica Barbosa outubro 9, 2025

Não dá pra perder essas vagas, são poucas!

Marco Antonio Andrade
Marco Antonio Andrade outubro 11, 2025

Caramba, olha só a quantidade de vagas!
É uma chance massa pra quem tá estudando e quer ganhar experiência real em campo.
Além do salário bacana, ainda rola aquele benefício de auxílio‑moradia que ajuda bastante.
Se você quer entrar no serviço público, vale a pena marcar no calendário e preparar o material de estudo.

Ryane Santos
Ryane Santos outubro 13, 2025

Primeiramente, é imprescindível entender que o IBGE historicamente estrutura seus concursos temporários como resposta a demandas cíclicas de coleta de dados, o que significa que a previsibilidade desses editais é relativamente alta; em segundo lugar, a escolha da FGV como banca traz consigo uma série de garantias logísticas, visto que a instituição possui infraestrutura consolidada em mais de 200 municípios, atendendo, assim, ao critério de experiência exigido por lei; terceiro ponto, o salário de R$ 4.000, ainda que pareça atrativo a primeira vista, deve ser analisado em conjunto com o custo de vida nas diferentes regiões do país, já que o benefício de auxílio‑moradia pode variar bastante; quarto, a carga horária desses contratos costuma ser de 40 horas semanais, o que implica em um ritmo de trabalho bastante exigente, especialmente nas áreas rurais onde o deslocamento pode ser longo; quinto, a natureza temporária dos cargos permite, em teoria, a renovação até três anos, mas depende exclusivamente da continuidade dos projetos de pesquisa, o que pode gerar incerteza quanto à estabilidade; sexto, os requisitos de prova objetiva incluem lógica, português e estatística básica, portanto, uma preparação focada nesses tópicos pode elevar significativamente a taxa de aprovação; sétimo, a distribuição das vagas em 530 municípios garante abrangência nacional, mas também significa que os candidatos podem ser alocados em regiões remotas, o que requer adaptação cultural e logística; oitavo, vale observar que a experiência adquirida nesses cargos costuma ser altamente valorizada em processos seletivos futuros, servindo como trampolim para cargos efetivos dentro do próprio IBGE ou em outras instituições; nono, a banca FGV tem histórico de aplicar questões de alta complexidade, o que pode elevar o nível de competitividade; décimo, a data de divulgação do edital em janeiro de 2026 deixa um intervalo considerável para preparação, porém, é crucial iniciar os estudos o quanto antes para evitar a corrida de última hora; décimo‑primeiro, a política de contrato temporário impede benefícios como aposentadoria completa, embora ofereça assistência médica durante o vínculo; décimo‑segundo, os candidatos devem ficar atentos ao site oficial do IBGE e à página da FGV para atualizações de cronograma; décimo‑terceiro, a competição pode ser acirrada, pois o número de vagas, embora grande, será distribuído proporcionalmente à população de cada município; décimo‑quarto, a experiência em campo pode proporcionar habilidades práticas que não se adquirem em concursos teóricos; décimo‑quinto, por fim, a estratégia recomendada é montar um plano de estudos estruturado, focado nas disciplinas cobradas, e acompanhar constantemente as publicações oficiais para não perder nenhum prazo.

Cinthya Lopes
Cinthya Lopes outubro 15, 2025

Ah, claro, porque a FGV vai mesmo fazer tudo perfeito, né?
É óbvio que a escolha foi feita só para garantir que a gente tenha mais um motivo para reclamar sobre burocracia.

Fellipe Gabriel Moraes Gonçalves
Fellipe Gabriel Moraes Gonçalves outubro 18, 2025

Entendo seu ponto, mas tem que dizer que a banca tem atẽm ingrãfiais recursos pra organizar o certão
Mesmo com falhas, vai rolar um processo decente, tmb é chance pra galera

Rachel Danger W
Rachel Danger W outubro 20, 2025

Oi gente, tudo bem? :) Eu achei que a escolha da FGV seria mais estratégica, mas olha, se todo mundo entrar no jogo, a gente pode fazer diferença mesmo com os perrengues que vêm pela frente!

Davi Ferreira
Davi Ferreira outubro 22, 2025

Galera, vamos encarar isso como uma oportunidade bacana!
Se preparar direitinho pode abrir muitas portas, e ainda dá pra ganhar experiência prática que vale muito.

Benjamin Ferreira
Benjamin Ferreira outubro 24, 2025

Vale lembrar que, historicamente, os concursos temporários do IBGE servem como "trampolim" para cargos efetivos, então quem investir tempo agora pode colher frutos mais adiante.

Lucas da Silva Mota
Lucas da Silva Mota outubro 26, 2025

Não dá pra ficar só na vibe de "trampolim"; tem que analisar se vale a pena o esforço, considerando a instabilidade dos contratos e o custo de vida nas regiões onde vão alocar.

Ana Lavínia
Ana Lavínia outubro 28, 2025

Olha, o edital ainda não saiu!!; mas já dá pra sentir o clima de ansiedade...!!

Joseph Dahunsi
Joseph Dahunsi outubro 31, 2025

Gente, já cliquei umas 5 vezes no site do IBGE pra não perder nada 🙃

Marcelo Monteiro
Marcelo Monteiro novembro 2, 2025

É inegável que a escolha da FGV traz consigo uma série de garantias em termos de logística e padronização das provas; entretanto, não podemos ignorar que a própria instituição tem sido alvo de críticas quanto à transparência em processos seletivos anteriores, o que levanta dúvidas sobre a real eficácia desse procedimento. Não se trata apenas de burocracia, mas de como esses mecanismos impactam diretamente a credibilidade do IBGE perante a sociedade. Se a banca falhar na entrega de prazos, os candidatos podem ser penalizados, gerando um clima de insatisfação generalizada. Por outro lado, a experiência da FGV pode assegurar que as provas sejam bem estruturadas, evitando falhas técnicas que, por vezes, ocorrem com outras organizadoras. Em síntese, há um balanço delicado entre confiança consolidada e a necessidade de vigilância constante por parte dos candidatos e da própria sociedade civil.

Jeferson Kersten
Jeferson Kersten novembro 4, 2025

Concordo parcialmente: a FGV tem histórico, mas a transparência deve ser monitorada; caso contrário, o processo perde legitimidade.

Luziane Gil
Luziane Gil novembro 6, 2025

Vamos manter o otimismo e apoiar uns aos outros nessa jornada! Cada passo conta.

Cristiane Couto Vasconcelos
Cristiane Couto Vasconcelos novembro 8, 2025

Com certeza, união faz força e boas notícias vêm pra quem se prepara

Deivid E
Deivid E novembro 10, 2025

Mais uma seleção que vai acabar virando papo de bar, nada de inovar

Túlio de Melo
Túlio de Melo novembro 13, 2025

O verdadeiro valor está na reflexão sobre o papel da estatística na sociedade e não nas promessas vazias de vagas

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