Mais um avanço para Bia Haddad Maia: Duplas no topo e bolso cheio
Bia Haddad Maia está longe de ser uma novidade positiva no tênis brasileiro, mas cada conquista dela deixa claro: ainda há muito a se esperar. No WTA 250 de Nottingham de 2025, a paulista escreveu mais um capítulo marcante ao levantar seu oitavo troféu de duplas, agora ao lado da experiente alemã Laura Siegemund. A vitória veio de forma convincente contra Anna Danilina e Ena Shibahara, com parciais de 6-3 e 6-2 — sem dar espaço para sustos na final em solo inglês.
O mais curioso do torneio veio nos bastidores: enquanto não houve divulgação oficial dos valores, o prêmio pelo título de duplas no evento costuma ultrapassar, convertido, o equivalente a mais de um milhão de reais. Ainda que a quantia exata siga em segredo, o que ficou claro é que esse desempenho recente dá ainda mais tranquilidade financeira e moral para Bia seguir mirando alto nas próximas competições.
Para quem acompanha tênis, a performance da brasileira em grama já virou referência. Ela fez história em 2022 ao faturar o título de simples desse mesmo torneio, depois de superar a americana Alison Riske em uma final tensa de três sets. Dessa vez, nas duplas, mostrou que sua habilidade vai além da técnica: soube escolher bem a parceira, construir pontos chave na rede e ditar o ritmo dos dois lados da quadra.
Da grama para o topo: consolidação em momento internacional
Não é de hoje que Bia Haddad Maia mostra que pode encarar — e bater — nomes grandes do circuito. Em singles, participou de quartas de final marcantes, inclusive encarando jogadoras como Maria Sakkari, conhecida por sua agressividade, e deu trabalho até contra favoritas em outros torneios. Mas o que salta aos olhos é como o resultado de Nottingham em 2025 reforça uma trajetória de construção sólida: são múltiplos títulos de duplas e uma regularidade que poucos compatriotas conseguiram atingir, especialmente em Grand Slams ou torneios importantes de grama.
Ao lado de Siegemund, a química funcionou do início ao fim, com Bia conseguindo impor seu saque potente e boa movimentação em lances decisivos. Para quem pensa que o título foi mero detalhe, vale lembrar que cada performance de destaque em eventos da WTA 250 serve de vitrine para patrocínios, convites para torneios maiores e, claro, viabiliza uma preparação focada para desafios de peso, como Wimbledon — tradicional torneio em que as jogadoras especialistas em grama costumam capitalizar confiança.
Enquanto a divulgação do valor do prêmio não vira manchete, uma certeza já se desenha: Bia Haddad Maia está entre as principais referências brasileiras nos grandes palcos do tênis mundial. Seja nas simples ou nas duplas, a temporada 2025 só começou — e o dinheiro na conta é apenas parte dessa jornada de reconhecimento.
Todos os comentários
Catiane Raquel Sousa Fernandes junho 27, 2025
Mais um título de duplas e um milhão de reais? Que absurdo, né? Enquanto isso, o Ministério do Esporte ainda tá discutindo se vale a pena comprar uma bola nova pra academia pública. A Bia tá ganhando mais que o ministro, e ainda assim ninguém fala disso.
Eliana Pietrobom junho 27, 2025
Se ela fosse um homem isso seria notícia de capa da Folha. Mas como é uma mulher que joga tênis e ainda por cima não é loira e de olhos azuis, a gente só vê isso em blogueiro de tênis que ninguém lê. O Brasil ama vitória quando é de outro, mas esquece quando é da gente.
James Chaves junho 29, 2025
Sabe quem tá por trás disso tudo? A WTA. Eles querem que a gente acredite que tênis é um esporte de elite, mas na verdade é só um jeito de lavar dinheiro com patrocínios de marca de iogurte. Eles escolheram a Bia porque ela é branca, fala inglês e não reclama. Tudo planejado.
Davi Amorelli junho 29, 2025
A disciplina dela é inspiradora. Treina seis dias por semana, cuida da alimentação, estuda os adversários e ainda mantém a humildade. Isso não é sorte, é construção. Muitos jovens brasileiros têm talento, mas falta a mentalidade de longo prazo. Ela é o exemplo.
Yuri Marques junho 29, 2025
Fico feliz por ela. Tá tudo bem, a vida tá dando certo. 🙌
Marcus Campos junho 30, 2025
Você acha que o prêmio é de um milhão? Talvez. Mas o que realmente vale é o que ela construiu sem ajuda do governo, sem apoio institucional, sem campanha de mídia. Ela simplesmente... foi. E venceu. Isso é mais poderoso que qualquer cheque.
Sérgio Eusébio julho 2, 2025
A performance dela em grama é técnica e tática. O saque é preciso, a movimentação é eficiente e a leitura de jogo é superior à maioria das rivais. Ela não depende de força bruta, mas de inteligência. Isso explica por que funciona tão bem em duplas - ela sabe quando recuar, quando avançar e quando deixar a parceira brilhar.
sidney souza julho 3, 2025
É importante lembrar que o tênis, especialmente nas duplas, é um esporte de parceria. A escolha da Laura Siegemund foi estratégica. Ambas têm experiência em grama, complementam os estilos e têm confiança mútua. Isso não acontece por acaso. É resultado de planejamento e respeito entre atletas.
Indiara Lee julho 4, 2025
A trajetória de Bia Haddad Maia representa a possibilidade de transcendência individual em um sistema que sistematicamente negligencia o esporte feminino. Sua consistência, em um contexto de precarização das estruturas esportivas nacionais, não é um fenômeno meramente esportivo, mas um ato de resistência epistêmica. Ela reescreve, com cada ponto, o mapa do que é possível para uma mulher brasileira no esporte de alto rendimento.
Diogo Santana julho 5, 2025
bom pra ela mas e os outros atletas q n tem patrocinio? tipo o q joga na 3 serie da aberto? a gente fala so do sucesso q ta na tv... mas o tênis no brasil ta mais na mão de poucos mesmo...
patrícia maria calciolari julho 7, 2025
A Bia sempre foi uma jogadora discreta, mas extremamente eficaz. O que ela fez em Nottingham não foi apenas um título. Foi uma demonstração de que o tênis brasileiro pode competir no mais alto nível sem precisar de grandes estruturas. Ela é o exemplo de que talento, trabalho e foco ainda funcionam.