Inter Miami encara Copa do Mundo de Clubes sob pressão e limitações, admite Mascherano

Inter Miami encara Copa do Mundo de Clubes sob pressão e limitações, admite Mascherano

Inter Miami encara Copa do Mundo de Clubes sob pressão e limitações, admite Mascherano

Mascherano abre o jogo sobre dilemas do Inter Miami antes da Copa do Mundo de Clubes

Falar em 'momento mais importante' não é exagero quando Javier Mascherano olha para o calendário: a edição 2025 da Copa do Mundo de Clubes será o auge, até agora, na curta história do Inter Miami. O próprio treinador faz questão de admitir, sem rodeios, que a aventura inédita chega em meio a limitações óbvias. Faltam peças no elenco, sobram improvisos e as amarras financeiras da MLS não servem de desculpa, mas são obstáculos inegáveis.

'Não vou ser hipócrita', cravou Mascherano num tom incomum, abrindo espaço para o debate sobre o real patamar do time. O clube trabalhou para trazer reforços, mas a maratona de lesões atrapalhou os planos. Alguns nomes esperados, como os defensores Jordi Alba e Gonzalo Luján, ficaram de fora do jogo de estreia contra o Al Ahly. Com isso, a defesa ganha um ar de vulnerabilidade exposta justamente quando o Inter Miami mais queria transmitir segurança ao mundo.

Essa fragilidade não é segredo. A estrutura de contratações da MLS, feita para garantir igualdade financeira entre os times da liga, acaba punindo quem precisa se reforçar para enfrentar rivais de campeonatos poderosos. Enquanto clubes da Europa gastam fortunas nos bastidores, as mãos de Mascherano estão atadas e o argentino já avisou: não espera milagres, mas vestiu a camisa da responsabilidade.

  • Elenco limitado por lesões e contratação restrita
  • Ausência de nomes fundamentais como Jordi Alba e Gonzalo Luján
  • Adaptação forçada dentro das regras da MLS

Messi decisivo em um cenário desafiador

Se os problemas se acumulam, uma notícia empolgou: Lionel Messi está pronto para jogar. Após defender a seleção argentina, o craque apresentou o vigor esperado e deve ser o esteio técnico e moral da equipe. Ninguém em Miami esconde a esperança depositada no camisa 10, tanto dentro de campo quanto nos bastidores, onde ele influencia o grupo e atrai holofotes que antes pareciam distantes.

Mascherano reconheceu o papel vital de Messi e, mesmo evitando falar em 'salvador', voltou a ressaltar o peso da estreia num palco global. Encarar adversários pouco conhecidos, como o Al Ahly, aumenta a dose de imprevisibilidade, fugindo do roteiro habitual da temporada americana. Segundo o treinador, o time tem obrigação de jogar como se fosse a última oportunidade – porque, na prática, pode ser mesmo rara uma chance dessas para o clube e para o futebol dos Estados Unidos.

O técnico argentino também frisou que a experiência vale como aprendizado coletivo. O desafio é manter a confiança, blindar o grupo do barulho externo e responder em campo. Para os torcedores, a expectativa se mistura ao receio do improviso, mas ninguém nega que disputar uma Copa do Mundo de Clubes já é, por si só, uma espécie de vitória para uma equipe nascida há tão pouco tempo.

Agora, cada decisão e cada ausência vão pesar. Com uma defesa remendada e as apostas todas na genialidade de Messi, o Inter Miami tenta transformar suas fragilidades em força. Para Mascherano, cabe lembrar sempre a dimensão do privilégio de estar ali, mesmo longe de um cenário ideal. Os olhos do mundo estarão atentos a cada passo desse jovem gigante do futebol americano.

Todos os comentários