Assalto em plena Linha Amarela: jogadores do Flamengo vivem momentos de tensão
Quinta-feira de madrugada no Rio de Janeiro, pouco depois das 5h, enquanto muitos ainda dormiam, jogadores do Flamengo levavam um susto daqueles: o carro blindado que trazia Agustin Rossi e colegas virou alvo de criminosos armados na sempre perigosa Linha Amarela, altura de Bonsucesso. O grupo retornava de um compromisso na Argentina pela Libertadores, quando o clima de comemoração virou pânico.
O episódio foi tenso: os assaltantes tentaram barrar o carro – uma estratégia cada vez mais comum nos acessos expressos do Rio — e, sem conseguir, dispararam quatro vezes contra o veículo blindado. Ali só ficou a marca dos tiros, porque ninguém se machucou. O susto, porém, não foi pequeno: os jogadores ficaram abalados e o clube logo confirmou o ocorrido, deixando claro que todos chegaram em segurança em casa.

Violência no Rio expõe vulnerabilidade de atletas e rotina sob ameaça
A Linha Amarela é mais do que um atalho para driblar o trânsito; virou via marcada por crimes violentos. O Bonsucesso, onde tudo aconteceu, está no meio do fogo cruzado entre operações policiais e facções de traficantes — uma rotina de perigo tanto para trabalhadores comuns quanto para milionários do futebol. Se até quem anda em carro blindado, com proteção reforçada, não escapa do risco, o que dizer do resto da população?
Poucas horas depois dos tiros, a Polícia Militar já fazia buscas pela região tentando identificar quem estava por trás do ataque. Até agora, ninguém foi preso. Não foi a primeira vez que jogadores de times cariocas enfrentam situações de violência pelas ruas — o medo faz parte dos bastidores do futebol no Rio.
Mesmo após a tensão, a diretoria do Flamengo tratou de acalmar a torcida: todos os atletas estavam bem, e o foco seguia na Libertadores. Com cinco pontos e ocupando o terceiro lugar do grupo, liderados agora por Filipe Luís, os rubro-negros têm o desafio de vencer o próximo jogo contra a LDU, do Equador, para seguir com chance de classificação. O episódio, por mais assustador que tenha sido, não tirou a atenção do elenco para o que realmente importa dentro de campo.
Episódios como este servem de alerta: mesmo quem tem recursos, como jogadores de elite, está sujeito à violência cotidiana do Rio. O clima de insegurança afeta todo mundo, dos boleiros aos torcedores.