Na edição de 23 de setembro de 2025, o obituário do Diário do Grande ABC traz à memória Antonio Francisco Neves, um cidadão português que fez de Santo André seu lar nos últimos anos. Aos 92 anos, Neves faleceu no dia 18 de setembro, sendo sepultado no Cemitério Jardim da Colina, local tradicional para muitas famílias da região.
Informações detalhadas do registro
O registro segue o padrão adotado pela publicação há décadas: idade, nacionalidade, bairro de residência, data do óbito e local de sepultamento. No caso de Antonio, os dados são apresentados da seguinte forma:
- Nome completo: Antonio Francisco Neves
- Idade: 92 anos
- Nacionalidade: Português
- Residência: Parque Bandeirantes, Santo André
- Data do falecimento: 18 de setembro de 2025
- Local de sepultamento: Cemitério Jardim da Colina
Essas informações, embora simples, cumprem um papel crucial: permitem que amigos, familiares e vizinhos organizem visitas, preces e outras formas de homenagem dentro de um cronograma já estabelecido.
O papel do obituário na vida do Grande ABC
Os obituários vão além de um mero anúncio de falecimento. Eles funcionam como um registro histórico da comunidade, revelando, por exemplo, a presença de imigrantes como o Sr. Neves, que trazem à região sua cultura e vivências. Cada nome publicado ajuda a construir um mapa social que reflete a diversidade demográfica do ABC Paulista.
Além disso, o fato de o Diário do Grande ABC manter a seção diária reforça a importância da imprensa local como guardiã da memória coletiva. Em bairros onde o contato direto entre vizinhos pode ser escasso, o aviso público oferece um ponto de convergência para que cidadãos se conectem e ofereçam apoio às famílias enlutadas.
Na prática, os leitores costumam usar esses anúncios para planejar a presença no funeral, enviar flores ou mensagens de conforto. Para muitos, a página de obituários é a primeira fonte de informação sobre o horário da missa, a localização da cerimônia e as orientações para o luto.
Com o avanço das redes sociais, ainda que a comunicação digital tenha ganhado espaço, a tradição impressa persiste porque garante a veracidade dos dados e chega a quem não tem acesso à internet. O Diário do Grande ABC, ao publicar esses registros, também cumpre uma exigência legal: a publicidade dos atos de sepultamento, que deve ser feita em jornal de grande circulação.
Para a comunidade, cada página de obituário representa um momento de pausa, de lembrança e de reflexão sobre a passagem do tempo. A história de Antonio Francisco Neves, agora eternizada nas linhas do jornal, ecoa o respeito que a região tem por seus antigos residentes e reforça o vínculo que une todos os moradores do Grande ABC.
Todos os comentários
Cristiano Govoni setembro 25, 2025
Essa página de obituários é o único lugar onde ainda se lê sobre pessoas reais, não só memes e polêmica. O Sr. Neves veio de Portugal e virou parte da alma do ABC. Isso aqui não é só notícia, é memória viva.
Meu avô também foi enterrado no Jardim da Colina. Ainda vou lá toda semana só pra sentar um pouco. A gente não esquece quem construiu o lugar onde a gente vive.
Leonardo Cabral setembro 26, 2025
Outro português sendo homenageado no Brasil enquanto nossos heróis locais morrem esquecidos. Quando é que esse jornal vai publicar um obituário de um brasileiro que realmente fez algo por Santo André? Não é só imigrante que merece atenção, temos gente que nasceu aqui e lutou de verdade.
Pedro Melo setembro 27, 2025
É curioso como a imprensa local, muitas vezes desvalorizada, é a única que ainda mantém práticas de registro civil e social com dignidade. O obituário não é um anúncio - é um ato de resistência contra a amnésia coletiva.
Enquanto redes sociais promovem efemeridade, o Diário do Grande ABC preserva identidade. O Sr. Neves, mesmo sendo português, adotou Santo André como seu lar - e isso, meu caro, é o que define pertencimento, não passaporte.
Parabéns ao jornal por manter essa tradição. E parabéns à comunidade por ainda se importar. Isso é o que torna uma cidade viva.
Guilherme Tacto setembro 28, 2025
Alguém já parou pra pensar que esse obituário pode ser uma fachada? E se o Sr. Neves não tivesse morrido de causas naturais? E se isso tudo for um esquema para disfarçar algum tipo de desaparecimento forçado? O Cemitério Jardim da Colina já foi alvo de denúncias de desaparecimento de corpos nos anos 90.
Essa publicação é exigida por lei, sim - mas por que exatamente? Será que não há uma razão mais profunda? A imprensa local não é neutra. Ela é controlada. E esse anúncio é só a ponta do iceberg.
Suzana Vidigal Feixes setembro 30, 2025
Essa tradição de obituário é essencial pra manter o tecido social coeso e a memória coletiva operante mesmo em contextos de alta fragmentação urbana e alienação digital porque quando a gente perde o contato físico a gente precisa de algum ponto de ancoragem simbólico e o jornal cumpre esse papel de forma irreplaceável