Coqueluche: o que é, como identificar e prevenir

Se você já ouviu falar de "tosse convulsa" ou viu notícias sobre surtos de coqueluche, é hora de entender de verdade do que se trata. A coqueluche, também conhecida como tosse pertussis, é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela não escolhe idade, mas crianças pequenas são as mais vulneráveis.

O primeiro sinal costuma ser parecido com um resfriado comum: coriza, febre baixa e tosse leve. O problema aparece alguns dias depois, quando a tosse fica mais forte e vem em crises que duram de 30 segundos a dois minutos. Cada crise termina com um som agudo, quase um assobio, que pode deixar a pessoa sem fôlego. Esse quadro costuma durar semanas e, se não for tratado, pode levar a complicações graves como pneumonia.

Como a vacina protege

A vacina contra coqueluche faz parte do calendário infantil desde a infância. Ela costuma vir combinada com DTP (difteria e tétano) e, mais recentemente, com a vacina contra a gripe em alguns programas. A primeira dose é dada aos dois meses de idade, seguida de reforços nas idades de quatro e seis meses, e depois um reforço entre quatro e seis anos. Para quem já passou da infância, o reforço é recomendado na adolescência e na idade adulta, principalmente para quem tem contato próximo com bebês.

Mesmo com a vacinação, alguns casos ainda acontecem porque a proteção diminui ao longo dos anos. Por isso, manter o calendário de reforços é essencial. Se você está grávida, a vacinação durante o terceiro trimestre ajuda a proteger o bebê nos primeiros meses de vida, quando ele ainda não recebeu a primeira dose.

Diagnóstico e tratamento

Para confirmar a coqueluche, o médico pode solicitar um swab nasal ou um teste de PCR. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e diminui o risco de transmissão. O tratamento padrão envolve antibióticos, geralmente a azitromicina, que ajudam a reduzir a gravidade e a contagiosidade.

Além dos medicamentos, é importante seguir recomendações simples em casa: manter o ambiente bem ventilado, evitar fumaça de cigarro e usar um umidificador pode aliviar a irritação das vias aéreas. Se a tosse está atrapalhando o sono ou a alimentação, consulte o médico para ajustar a dose ou mudar o medicamento.

Em casos mais graves, especialmente em bebês menores de seis meses, pode ser necessário internamento para monitorar a oxigenação e prevenir complicações como convulsões ou colapso respiratório. Por isso, se notar crises de tosse muito intensas, procure atendimento imediatamente.

Para quem já teve coqueluche, a recuperação total pode levar semanas. O corpo leva tempo para reparar o tecido pulmonar inflamado, então é normal ainda sentir falta de ar ao fazer esforço. Uma alimentação balanceada e hidratação ajudam a acelerar a recuperação.

Se você tem contato próximo com crianças ou gestantes, a melhor estratégia é manter a vacinação em dia e evitar ficar doente durante surtos. Os antibióticos também podem ser usados como profilaxia para quem foi exposto recentemente, diminuindo a chance de desenvolver a doença.

Em resumo, a coqueluche é evitável na maioria das situações se a população estiver bem vacinada e se o diagnóstico for rápido. Fique atento aos sinais, cumpra o calendário de vacinas e não hesite em buscar ajuda médica ao primeiro sintoma forte de tosse. Assim, você protege a sua saúde e a das pessoas ao seu redor.

Ministro Reforça Apelo à Vacinação Após Morte por Coqueluche

Após uma recente morte por coqueluche, o Ministro da Saúde reiterou a importância da vacinação para proteger contra a doença. A coqueluche é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, que pode ser grave e até fatal, especialmente em crianças pequenas. O Ministro enfatizou que a vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir a coqueluche e instou os pais a manterem a vacinação dos filhos em dia.

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