Acidente fatal na BR-293 abala a família de Mano Menezes
Na tarde de 16 de maio de 2025, uma tragédia atingiu a BR-293, no interior de Santana do Livramento, deixando marcas profundas no mundo do futebol. O acidente chocou pela dor das perdas: Mano Menezes, técnico do Grêmio, viu sua família ser abalada pela morte de seus dois netos por afinidade, Maria Sophia Dumoncel, de 16 anos, e Arthur Dumoncel, de apenas 9, além do psicólogo Maurício Moraes, de 42 anos.
O grupo estava em um Honda CR-V que perdeu o controle, saiu da pista e capotou, indo parar em meio a uma área arborizada no quilômetro 303 da rodovia. As circunstâncias do acidente ainda estão sendo apuradas, mas relatos indicam que não houve intervenção de outro veículo, deixando em aberto as causas que levaram à tragédia.
Maria Sophia e Arthur eram filhos de Álvaro Dumoncel, que é casado com Camilla Menezes, filha do treinador. O impacto da notícia tomou conta rapidamente do vestiário gremista e do noticiário, afetando não só atletas e comissão técnica, mas também mobilizando torcedores de diferentes clubes.
Comoção e correntes de solidariedade no futebol
Logo após a confirmação das mortes, manifestações de apoio vieram de vários lados. O Grêmio divulgou uma nota oficial expressando condolências e colocando toda a estrutura do clube à disposição da família Menezes. O rival Internacional mostrou solidariedade nas redes sociais, deixando de lado a rivalidade para lamentar publicamente a tragédia e prestar apoio.
O técnico Mano Menezes não esteve à frente da equipe no compromisso diante do São Paulo pelo Campeonato Brasileiro no dia seguinte ao acidente. Quem assumiu a responsabilidade foi o auxiliar Sidnei Lobo, que precisou lidar com um grupo abalado pelo luto. O resultado da partida — derrota por 1 a 0 — foi ofuscado pelo sentimento de tristeza geral.
Os sobreviventes do acidente, o motorista de 29 anos e um passageiro de 23, foram socorridos em estado grave e permanecem internados. Amigos e familiares aguardam atualizações sobre o estado de saúde deles, em meio ao clima de tensão e esperança.
Os corpos de Maria Sophia e Arthur foram velados na Capela Municipal de Dom Pedrito, cidade da família Dumoncel, com o sepultamento programado para o dia 18 em Santa Maria. Já os parentes de Maurício Moraes, psicólogo bastante querido em Dom Pedrito, preferiram aguardar para divulgar informações sobre o funeral.
Nessas horas, o futebol deixa de ser o protagonista. O que se vê é o esporte servindo de laço de empatia. A notícia espalhou tristeza não só entre gremistas, mas também em comunidades esportivas de diversas cidades, que encaminharam mensagens, flores e palavras de conforto à família do técnico.
Todos os comentários
Sérgio Eusébio maio 19, 2025
Essa notícia me partiu o coração. Dois crianças, uma vida inteira pela frente, e agora só lembranças. Não tem futebol que consiga preencher esse vazio.
Meus pensamentos estão com a família Menezes e com todos que perderam alguém tão querido nesse acidente terrível.
sidney souza maio 19, 2025
É profundamente triste ver como a vida pode mudar em um único instante. A BR-293 já foi palco de muitos deslocamentos familiares, mas esse caso transcende o acidente técnico - é um choque coletivo de empatia. O futebol, nesse momento, não é sobre vitórias, mas sobre humanidade.
patrícia maria calciolari maio 20, 2025
É importante lembrar que o psicólogo Maurício Moraes também era parte dessa família. Ele ajudava muitas pessoas em Dom Pedrito, e sua perda é tão significativa quanto a das crianças. A comunidade local está em luto profundo.
Diogo Santana maio 22, 2025
Então o Mano tá de licença... mas o São Paulo venceu por 1 a 0, né? Que coincidência, hein? O futebol é mesmo um circo onde até o luto vira pano de fundo pra estatística.
Desculpa, mas isso aqui é mais triste do que qualquer derrota.
Gabriel Assunção maio 23, 2025
Acidente na BR-293? Isso é o destino falando. Tudo tem um motivo, mesmo que a gente não entenda. A vida é efêmera, o futebol é passageiro, mas o amor que essas crianças deixaram? Isso é eterno. Ninguém morre de verdade enquanto alguém lembra. Eles estão no vento, na terra, no grito dos torcedores. A gente só não vê porque tá distraído com o placar.
Quem não chora não é humano. Quem não sente não é brasileiro. Quem não entende isso, tá no lugar errado.
João Eduardo João maio 24, 2025
Sei que não é o momento certo pra falar de futebol, mas o que vi no vestiário do Grêmio foi algo raro: homens fortes, treinadores, jogadores... todos abraçando, calados, só segurando a dor. Isso aqui não é só um time, é uma família. E família não se desfaz nem com a morte. Eles vão carregar esse peso juntos. E isso é lindo, mesmo sendo triste.