Banco Central: tudo o que você precisa saber sobre a autoridade monetária do Brasil

Quando falamos de Banco Central, estamos tratando da instituição que cuida da estabilidade econômica do país. Banco Central do Brasil, autarquia federal responsável por definir a política monetária, regular o sistema financeiro e gerir as reservas internacionais. Também conhecido como BCB, ele tem autonomia para tomar decisões que afetam juros, inflação e câmbio, sempre com o objetivo de preservar o poder de compra da moeda.

Um dos instrumentos mais comentados da política monetária é a taxa SELIC, a taxa básica de juros da economia, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A SELIC funciona como referência para todos os demais juros do mercado, influenciando empréstimos, financiamentos e aplicações. Quando o Banco Central aumenta a SELIC, o crédito costuma ficar mais caro, o que ajuda a conter a inflação; quando a reduz, estimula o consumo e a produção.

Falando em inflação, outro ponto central da atuação do Banco Central é a inflação, a variação geral dos preços ao consumidor ao longo do tempo. O órgão define metas de inflação em conjunto com o Conselho Monetário Nacional (CMN) e usa a taxa SELIC para alcançar essas metas. Se a inflação supera a meta, o Banco Central eleva os juros para esfriar a demanda; se está abaixo, pode reduzir os juros para aquecer a economia.

O câmbio também está sob a alçada do Banco Central, que administra as reservas internacionais e intervém no mercado quando necessário. A taxa de câmbio, valor da moeda brasileira em relação a outras moedas, afeta importações, exportações e a inflação de produtos importados. Ao comprar ou vender dólares, o Banco Central pode influenciar a cotação e proteger a economia de volatilidades bruscas.

Todo esse conjunto de decisões acontece dentro do quadro regulatório definido pelo Conselho Monetário Nacional, órgão colegiado que estabelece diretrizes da política econômica, como metas de inflação e regras para o sistema bancário. O CMN reúne representantes do Ministério da Economia, do próprio Banco Central e do Ministério da Fazenda, garantindo que as políticas sejam coerentes com os objetivos macroeconômicos do governo.

Além disso, o Banco Central supervisiona o Sistema Financeiro Nacional, rede de instituições que inclui bancos, corretoras, cooperativas de crédito e demais agentes financeiros. Essa supervisão inclui a definição de normas de capital, liquidez e boas práticas de governança, tudo para evitar crises bancárias e proteger os depositantes.

Com esses pilares – política monetária, controle da inflação, gestão do câmbio, supervisão financeira e definição de metas – o Banco Central cria um ambiente propício ao crescimento sustentável. A seguir, você encontrará uma seleção de notícias, análises e reportagens que mostram como essas funções se traduzem no dia a dia, das decisões do Copom às movimentações nos mercados internacionais.

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