Walter Salles: quem é, o que fez e por que vale a pena assistir seus filmes

Se você curte cinema e ainda não conhece Walter Salles, está perdendo tempo. O diretor baiano começou nos anos 90 e, em menos de duas décadas, conquistou prêmios na Cannes, Oscar e tantos outros festivais. Mas quem realmente é o cara por trás de obras como The Motorcycle Diaries e Central do Brasil?

Começo de carreira e os primeiros sucessos

Salles saiu da UFRJ e deu os primeiros passos fazendo curtas e clipes. O grande salto veio com Central do Brasil (1998). O filme conta a história de Dora (Fernanda Montenegro) e um menino que viajam pelo interior do Brasil em busca do pai desaparecido. A crítica adorou, ele ganhou o Urso de Ouro em Berlim e uma indicação de Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Foi aí que o nome de Salles virou referência para quem procura narrativas brasileiras com toque universal.

Depois do sucesso, o diretor se aventurou com O Cheiro do Ralo (2006), uma comédia negra sobre um dono de loja de artigos de limpeza que se perde entre dívidas e memórias. O filme mostrou que Salles sabe lidar com diferentes gêneros sem perder a assinatura: personagens intensos e uma câmera que acompanha de perto as emoções.

O fenômeno internacional: "The Motorcycle Diaries"

Em 2004, Salles rompeu as fronteiras do cinema latino‑americano com The Motorcycle Diaries. O longa acompanha a viagem de um jovem Ernesto Guevara (Gael García Bernal) pela América do Sul, antes de se tornar Che Guevara. O filme rendeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes e duas nomeações ao Oscar (Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Trilha Sonora). O segredo do sucesso? Uma fotografia que captura a vastidão dos desertos e a intimidade dos momentos de amizade na estrada.

Além do Oscar, Salles colecionou prêmios no Festival de San Sebastián, no BAFTA e na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de São Paulo. Cada conquista reforça a ideia de que o diretor tem um olhar que atravessa culturas.

Hoje, o cineasta mistura projetos grandes com experimentos menores, como documentários sobre música e histórias curtas para plataformas de streaming. Ele também curte participar de painéis, falar sobre a importância de políticas de incentivo ao cinema no Brasil e apoiar novos talentos.

Se ainda não assistiu a nenhum filme do Walter Salles, comece por Central do Brasil – é a porta de entrada perfeita. Depois, mergulhe em The Motorcycle Diaries para sentir a viagem e, por fim, explore os curtas brasileiros que ele dirigiu. Cada obra tem um toque de realidade que faz a gente pensar: até onde a arte pode nos levar?

Nos próximos anos, Salles promete mais histórias que misturam o Brasil com o resto do mundo. Fique de olho nas novidades, porque quando ele lança um filme, o público costuma se surpreender e, claro, ganhar uma boa dose de inspiração.